sexta-feira, 13 de outubro de 2017

"James.... earn this"

A década de 90 foi muito produtiva para o realizador Steven Spielberg. Provavelmente  realizou dos melhores filmes da carreira dele como o "O resgate do soldado ryan", "lista de schindler" , "Amistad" e não me posso esquecer de mencionar o "Parque Jurássico", um marco dos anos 90.
Hoje venho falar do filme "Resgate do soldado ryan" realizado no longínquo ano de 1998. Um filme em que venceu cinco oscares da academia incluído de melhor realizador e relembrar que Tom Hanks foi nomeado.
A cena inicial é semelhante à última cena do filme, uma das cenas mais tocantes e impressionantes. Vê se um homem de idade a caminhar num cemitério em direcção a uma sepultura com a sua família ligeiramente afastada, este homem visivelmente transtornado. 
Spielberg usa e abusa dos "close ups" nos seus filmes e este não é excepção, especialmente nesta cena em que ele foca o olhar emocionante e  rugas deste homem que certamente contam muitas experiências.
Depois desta cena somos transportados para o dia 6 de Junho de 1944, o dia do desembarque na Normandia. 
A entrada na Normandia é chocante e do mais violento que pode haver. Depois da haver a chacina, a agua do mar fica vermelha do sangue derramado dos tropas americanos. O ambiente criado é pesadíssimo. 
Quando falamos em guerra, falamos em muitas mortes e neste filme há uma cena em que dezenas de pessoas estão a escrever telegramas, uma das características, é que são só mulheres a escrever, senti alguma sensibilidade.
Mas a historia essencial é o resgate de um soldado chamado James Ryan, quando os seus irmão são todos mortos em combate. O capitão Miller parte em busca desse soldado numa França cheia de destroços provocados pela invasão alemã, embora seja estranho arriscar uma equipa de quase 10 homens para salvar um homem. 
Temos provavelmente uma das melhores interpretações de Tom hanks. Por um lado quer sair daquela guerra o mais depressa possível, por outro lado quer completar a missão que lhe pediram fazer, a personagem tem um pormenor fantástico em que a mão começa a tremer em que homenageia vitimas de guerra.
Tom Hanks consegue fazer um grande discurso apenas com o seu olhar quando olha por exemplo para outro soldado a barbear se ou a comer uma sandes. Um olhar num actor muitas vezes vale mais do que mil palavras. 
Temos um elenco incrível desde Matt Damon, Tom Sizemore, Barry peper e um Vin Diesel quase desconhecido. Temos também um Bryan Cranston em low profile.
A personagem do Barry peper é um atirador furtivo cheio de talento apoiado nas suas crenças de Deus todo poderoso, sempre com um discurso poderoso.
A personagem de Matt Damon fica para segundo plano, aparece só praticamente na etapa final do filme. 
De volta à cena final do filme voltamos ao cemitério com James Ryan em frente à campa do capitão Miller, fazendo uma saudação militar trouxe me algumas lágrimas aos olhos.
Sabe mesmo contar historias emocionantes.
Podem apelidar o filme de comercial , poderá ser pro americanos, mas acho que o Spielberg nunca fará um filme em pro dos soldados alemães conhecendo o seu passado.
É um filme sobre agradecimentos para toda a vida em que nunca poderemos retribuir, a única retribuição que poderemos fazer é aproveitar bem a vida. Este filme lembrando Mario Augusto, é um essencial, para mim uma obra de arte um dos melhores de Spielberg.


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